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Ufa! Pedi demissão ...

Por Tati Sampaio

Data de Publicação: 05 de Maio de 2018

Alguma vez você já sentiu como se o tempo, a moeda mais preciosa que temos, estivesse voando e você esperando ansiosamente para ser feliz ali na frente, mas este "ali na frente" parece que nunca chega? Ou mesmo teve aquela sensação de que deveria estar aproveitando melhor o seu tempo, mas a rotina engole cada hora do seu dia? Pois é, eu já me senti assim e não foi nada bom.

Cheguei a um ponto em que me vi forçada a parar e analisar o que eu vinha fazendo com a minha vida, o que estava me levando àquela situação. E adivinhe? Estava fazendo "tudo certo". Tudo que sempre me disseram para fazer: sempre fui uma ótima aluna quando era criança, escolhi a faculdade que mais se encaixava com quem sou e fui trabalhar em empresas com algo que realmente amo. Inclusive, consegui entrar em uma grande empresa, que supostamente é a receita para o sucesso profissional. Mas então, o que estava dando errado?

Por que eu não conseguia me ver feliz?

Acontece que ser feliz não é um objetivo que você alcança. Não existe um "logo ali" para a felicidade. O "ser feliz" acontece enquanto você caminha pela vida, é o sentimento que você carrega durante a sua jornada. Às vezes ele some e dá lugar a outros sentimentos (claro, não dá para ser feliz 100% do tempo). O problema é que, analisando minha jornada, estes outros sentimentos estavam mais presentes do que a felicidade, e seguramente, isso não seria sustentável por muito tempo. Lembro-me de às vezes sentir um desânimo no domingo à noite porque mais uma semana ia começar. Já na terça feira, desejava que os dias passassem logo para que a sexta-feira chegasse. Fui percebendo que este sentimento ia me corroendo por dentro, pois toda semana queria que o tempo voasse, e quando me dava conta, já tinha passado o mês, mais um aniversário, mais um ano e aos poucos fui chegando à conclusão de que não era isso que eu queria. Eu estava desejando as coisas erradas! Sem querer, estava desejando que a minha vida passasse rápido e obviamente, não era essa a intenção.

Este foi o sinal claro de que eu deveria fazer alguma coisa. Eu precisava agir. Precisava mudar.

Mas por onde começar a arrumar esta bagunça?

Antes de qualquer coisa, percebi que o primeiro passo seria olhar para mim mesma, e então comecei a fazer uma reflexão profunda, sobre quem eu sou, meus talentos, paixões, meu propósito de vida e qual o legado eu gostaria de deixar para o mundo. Coisas que com esta rotina corrida em que vivemos, raramente paramos para pensar e tampouco é algo que aprendemos na escola. Mas foi com este exercício que percebi o quão poderoso e necessário é o autoconhecimento, pois através dele é possível descobrir aquilo que está dentro de nós mesmos e o que realmente nos trará realização. O mais empolgante é que este é um caminho que nunca acaba, sempre há novas descobertas, mas isso é assunto para outro post!

O segundo passo foi o universo que se encarregou, me dando aquele "empurrãozinho" e de quebra ainda reforçou minha crença de que nada é por acaso: sem saber que eu estava neste "momento reflexão", a Marina, minha sócia aqui no Mosaico Criativo, me ligou um dia com um convite um tanto inusitado de iniciarmos um novo projeto profissional e de vida. Parece brincadeira, mas não é! Era sim, exatamente o que eu estava precisando naquele momento: um convite para me conectar com algo que realmente fizesse sentido para a minha vida, para a história que eu buscava construir. O Mosaico estava para nascer e naquele momento, tomei uma decisão, que foi meu terceiro passo para reorganizar minha vida: pedi demissão do meu emprego.

Contando assim, parece que o processo até aí foi fácil, mas na verdade foi dificílimo. Foram muitas coisas que levei em consideração e não serei leviana em dizer que o dinheiro não teve um grande peso naquele momento. Com certeza pesou e foi um fator bastante importante na minha análise, mas quando me dei conta de que era apenas o dinheiro que estava me mantendo lá, achei que o preço estava muito alto. O dinheiro não iria valer de nada se eu não estivesse bem comigo mesma. E claro, eu tinha um plano B. Apertando um pouco o cinto, eu e meu marido conseguiríamos nos manter, mesmo sem meu emprego.

Mas sabe de uma coisa? Percebi que boa parte dos gastos que eu tinha era com coisas um tanto desnecessárias. Quando olhava a fatura do meu cartão de crédito, não sabia como nem por que tinha gastado aquilo (e olha que minha vida é bastante modesta!). Fato é que ao longo do tempo vamos nos amarrando a certas coisas e assim vai ficando cada vez mais difícil tomar uma decisão como a minha. Pensamos que não há outro jeito, que seria inviável não ter a "segurança" do emprego (alerta vermelho: esta é uma falsa sensação de segurança, ainda mais nos dias de hoje). Por isso, às vezes ser mandado embora do emprego pode ser um belo presente. Pode ser o empurrão que faltava; a chance para refletir sobre o que o faz feliz e quem sabe tirar aquela ideia incrível do papel. No meu caso, eu pedi pra sair da empresa, mas já vi histórias belíssimas de pessoas demitidas que só depois disso foram atrás daquele sonho antigo, alcançaram seus objetivos e puderam se sentir muito mais realizadas. Claro que o caminho traz desafios e não é uma tarefa simples. É preciso ter garra e determinação para ir atrás daquilo que realmente acredita, mas com certeza é uma trajetória de muito desenvolvimento, aprendizados e a sensação de conquista é maravilhosa!

Eu iniciei esta jornada recentemente e por isso resolvi compartilhar esta história com você.

Estou me desenvolvendo e buscando ser mais consciente de minhas escolhas e ações. O que posso dizer para você por enquanto, é que no dia em que pedi demissão, senti um peso enorme saindo das minhas costas, me senti leve e me pergunto até hoje por que demorei tanto para tomar esta atitude. Sinto que finalmente estou contribuindo para ajudar mais pessoas através dos meus talentos e daquilo que realmente acredito. E isso é sensacional!

No meu caso, foi preciso que eu pedisse demissão para poder me sentir assim, mas pode ser que o que você precise seja apenas mudar de área, de projeto ou até mesmo de atitude no seu dia a dia. Não existe uma receita pronta para a felicidade e para sentir que a vida está valendo a pena. Como falei antes, ser feliz é algo que está no caminho que trilhamos. O meu convite para você é que você seja o autor da sua própria vida e não se deixe apenas levar. Tenha consciência de suas escolhas, de seus objetivos e tenha clareza das coisas que realmente o fazem sentir-se vivo. Poder desenvolver o autoconhecimento é o primeiro passo para uma vida mais plena. Então experimente! Faça um mergulho em você mesmo para se conhecer melhor. Posso lhe garantir: você vai descobrir coisas incríveis e nunca mais será o mesmo.

Sobre as autoras

Marina e Tati são co-fundadoras do Mosaico Criativo, uma escola online em rede que tem o objetivo de compartilhar movimentos, inovações e oportunidades que tem surgido pelo mundo, além de apoiar jornadas de reinvenção e desenvolvimento pessoal para lidar com esta nova realidade.

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