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O tao do software, a tal da sociedade

Por Eduardo Marcel Maçan

Em 17 de novembro de 2005 publiquei uma nota em meu site pessoal informando a todos os meus amigos que estaria me desligando definitivamente da chamada "comunidade de software livre". Eu tive uma razão pessoal muito forte para fazê-lo. A razão ainda existe e não costumo voltar atrás em minhas decisões. (A nota pode ser lida aqui )

Só que um convite de Rubens Queiroz de Almeida não é algo que uma pessoa em sã consciência poderia recusar :) Vindo do grão mestre do software e gerência de TI este humilde discípulo gentilmente se curva, obsequioso.

Mas escrever sobre o que? Durante anos eu me dediquei a divulgar o software livre e sua filosofia, hoje não considero que seja necessário falar sobre "quatro liberdades básicas". Há pessoas com mais energia (e cabeça suficientemente dura) do que eu para participar deste tipo de debate e o mundo não precisa de mais um Stallman wannabee ou um Eric Raymond wannabee.Eles já estão por aí, transbordando nas grades de palestrantes.

Eu precisaria então escrever sobre mais do que o conceito que as pessoas têm de "software livre". Não quis escrever apenas sobre minha paixão (música/multimídia). Não quis escrever apenas sobre minha necessidade (Gerência de TI/Networking). Não quis escrever apenas sobre minha racionalidade (Filosofia, software e seu impacto na sociedade...). Como El Rubens me deu liberdade de escolher, eu resolvi escolher os três aspectos e nenhum deles ao mesmo tempo.

O conceito do TAO na filosofia oriental representa (colocando de maneira extremamente simplista) uma espécie de energia primordial do universo, que permearia todas as coisas, vivas ou não. O tao é amorfo, inominável, indefinível e inerte ainda assim é a origem e destino de tudo. Essa relação confusa entre ser criação e criatura, causa e consequência, tangível e intangível me parece muito adequada como paralelo para a relação entre software e a sociedade moderna.

O trocadilho no título desta coluna foi a maneira que encontrei de amarrar as três maneiras com que me relaciono com software e que pretendo explorar nos textos aqui na dicas-l me deixando liberdade suficiente para ser tão filosófico ou tão prático quanto me der na telha.

Espero que essa coluna consiga entreter e ser útil a todos :)

Sobre o autor

Eduardo Maçan é um cara legal que não tem tempo suficiente para se dedicar a tudo que gostaria. Envolvido com sistemas Unix, gerência de redes, TI, criação e implementação de serviços web há mais tempo do que aceita admitir, ajudou Chuck Norris a criar a internet. O espirito de Bruce Lee aparece para orientá-lo quando precisa, os de Obi-wan Kenobi e Yoda também. Quando não está se evadindo de ninjas assassinos para manter suas habilidades físicas, gosta de compor e tocar música. É um cara sério e profissional, mas não costuma conter sua imaginação, ironia e sarcasmo quando não está de terno e gravata. Agora, por exemplo.

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