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Quando o eu influencia o nós

Por Fernanda Alves Chaves

Data de Publicação: 12 de Outubro de 2007

Muitos falam da minha facilidade de explicar assuntos conceituais e de difícil compreensão, através de exemplos simples, cotidianos e muitas vezes, engraçados. Me gabo disso pois é verdade.

Deixando o ego de lado, confesso que me faltou assunto. Tá certo, não riam da minha cara. Os que me conhecem pessoalmente sabem que e eu falo mais que o homem da cobra. Hahah.. Mas, essa semana, eu estive quietinha. Uma lástima.

Quando meus poderes de She-ra falham, corro para meus amigos, colegas, conhecidos, etc. E foi um deles, através do Gtalk, que me deu a idéia do assunto desta quinzena.

Bem, o tema eu já tinha conseguido mas, o segredo do negócio não está em saber do negócio e sim de como se expõe a bagacinha. Olhei pra um lado, olhei pro outro e, rapidamente tive a idéia. Eureka!!!

Foi aí que meu conflito interno se iniciou e me questionei. Será que não estou sendo ousada demais? E nesta mesma hora, tive a nítida impressão de ouvir meu avô Ari dizendo: - Você passou dos limites, mocinha!!!?

Logo após me questionei novamente sobre o que é limite. E como meus neurônios não acharam nenhum conceito construído, resolvi criar o meu. Pra mim, limite é uma linha fininha que separa a criatividade da inovação. Como eu sou uma mulher ambiciosa, não me contento em apenas ser criativa, me permitirei ousar e inovarei.

Portanto, gostaria de avisar que esse texto é composto por uma analogia. Vou escrever sobre relações sexuais humanas, ligando isso ao relacionamento intrapessoal e interpessoal do seu humano.

Dicas-L adverte: Caso você tenha tido pais opressores, um tio engraçadão ou se sinta culpado por ser sexual, não ultrapasse as linhas abaixo. E pense bem antes de me processar por causar traumas. Tenho bons amigos adEvogados. Eles irão me defender. Eu vou ganhar. E você vai se arrepender.


Se masturbar é um ato saudável, de pessoas que buscam o prazer sexual através da automanipulação de partes do corpo, sensíveis ao prazer. É um comportamento que te possibilita autoconhecimento, saber do que gosta e como gosta. O que lhe causa dor, o que lhe causa prazer. O que lhe excita, o que dá repulsa. É também, através da masturbação, que conseguimos catalogar, classificar e entender a nós mesmos. Ou seja, masturbação é tudo de bom e só traz benefícios. É legal e eu indico.

Quem se masturba, se conhece. Quem tem bom relacionamento intrapessoal, se conhece também. Uia, confundiu tudo!?. Tudo bem, vou explicar com carinho. Heheh...

Relacionamento intrapessoal é a sua capacidade de relação com o ser mais importante da face da terra, você!. É ele que te permite conversar consigo mesmo, se conhecer, entender suas ambições, discutir crenças e valores. Saber quem você é, como é, de onde veio. Entender o que se passa entre seus pensamentos e seus comportamentos.

É aquela velha história do levar uma conversinha de pé de orelha com você mesmo.

Mas, não podemos nos esquecer que nenhum de nós caiu de um avião e vive sozinho em uma ilha deserta, temos que aprender a viver em sociedade. E viver em sociedade nos exige dominar o dito cujo do relacionamento interpessoal.

Se relacionar interpessoalmente é como deixar de fazer sexo sozinho começar a fazer sexo com outra pessoa. Ou outras, ou varias. Ao mesmo tempo, de mesmo sexo, ou não. Hehehe...

A idéia central da transa é demonstrar o quão eficientes somos, a ponto de ter prazer ao mesmo tempo que proporcionamos prazer a outra pessoa. Ter um orgasmo já é delicioso. Gozar e fazer o outro gozar também é o supra sumo da felicidade.

Para isso, colocamos em prática nossa capacidade de percepção. Nos esforçamos para pedirmos o que queremos na cama e, principalmente, sermos entendidos. Temos que ser simpáticos, empáticos, respeitosos. Para ter uma boa transa você precisa entender o outro, saber lidar com suas necessidades, negociar. É preciso ser flexível, adaptável. E, não vamos nos esquecer das relações de poder e liderança que uma boa noitada pode exigir.

Relacionamento interpessoal é sua capacidade de ser relacionar com seus semelhantes. É um complexo sistema que integra como você sente e se comporta, com os sentimentos e comportamentos dos outros. Envolve muita percepção, comunicação e bom senso na tomada de decisões. É ele que nos permite viver bem, respeitar e ser respeitado, compreender e ser compreendido, ser feliz e proporcionar felicidade, amar e ser amado.

Conclusão.: Se você se masturba direitinho, tem grandes chances de transar bem. Se você se conhece e conversa consigo mesmo, é quase certeza que se relaciona bem interpessoalmente.


Teste Tabafer

  • Se você comumente fala: Eu me amo você é bom intrapessoalmente.
  • Se você comumente fala: Eles me amam (mãe e pai não vale) você é bom interpessoalmente.
  • Se você comumente fala: Ninguém me ama compre uma boneca inflável e um bom pacote de TV por assinatura.

Mais um serviço das organizações "Fer_por_um_mundo_melhor Inc."

Sobre a autora

Fernanda Alves Chaves é daquelas pessoas que buscam o que ainda há de humano em um ambiente dominado pela tecnologia. É administradora, especialista em Gestão de Pessoas, profissional de RH e professora universitária. A verdade mesmo é que ela gosta de gente, e é figurinha fácil entre os ambientes dominados por nerds, geeks, etc. Se empenha em ver toda a gente crescer, melhorar, atuar em redes. E, na visão dela, as pessoas começam a formar redes antes de chegarem perto de computadores! As redes se formam de mãos dadas, da troca de olhares, de palavras e... pois bem, também de e-mails, mensagens instantâneas e scraps. Independente dos meios, redes serão sempre de pessoas às quais a tecnologia deve servir, nunca o contrário. É para lembrar disto, sempre, que Fernanda nos brinda com sua coluna no Dicas-L!

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