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Colaboração: Aderson José da Silva
Data de Publicação: 11 de dezembro de 2013
Antes de falarmos das configuração propriamente dita, um pouquinho de história. Para conectar a internet precisamos do protocolo IP, atualmente o protocolo em uso é conhecido como IPV4 que teve suas especificações definidas na RFC 791 por volta de 1983. Apesar de ser um protocolo de fácil implementação e interoperabilidade, ele não previu o crescimento das redes e o esgotamento dos endereços. As especificações do IPv4 reservam 32 bits para endereçamento, o que possibilita gerar mais de 4 bilhões de endereços distintos. Devido a ritmo de crescimento da internet nos últimos anos, puxado principalmente pela chamada internet das coisas , onde dispositivos como, celulares, câmeras, televisores, geladeiras, carros, etc, passam a ter um IP. Chegamos a um ponto em que temos uma ameaça real do esgotamento dos endereços.
Diante desse cenário, foi criado à alguns anos a IETF (Internet Engineering Task Force) para discutir estratégias para solucionar a questão do esgotamento dos endereços IP. Após anos de estudos, e pesquisas a IETF apresentou novo protocolo internet o IPV6, que incorpora endereços de 128 bits, que permitem gerar mais de 79 trilhões de trilhões de vezes a quantidade de endereços disponíveis no IPV4. Com isso toda necessidade atual e futura de endereços na internet será suprida.
A implantação do IPV6 é necessária e inevitável. Embora o esgotamento dos endereços IPV4 não faça a internet acabar, nem mesmo que ela deixe de funcionar, prevê-se que haverá uma diminuição na taxa de crescimento de novas redes e aplicações.
No entanto, a implantação do IPV6 não será algo rápido, também não haverá uma data da virada para troca do protocolo. A migração do IPV4 para IPV6 acontecerá de forma gradual, com o IPV4 ainda em funcionamento. Deste modo haverá um período de coexistência entre os dois protocolos. Manter a compatibilidade entre as versões do protocolo IP torna-se essencial para o sucesso da transição para o IPV6.
Isto poderá ser obtido com a utilização de mecanismos de transição, Tunelamento, Tradução, e Pilha Dupla. O objeto desta dica é apresentar em detalhes como configurar um Tunel Broker, um dos mecanismo de transição de Tunelamento. Para saber mais sobre IPV6 e os mecanismos de transição acesse: [http://ipv6.br]
Tunnel Broker é uma alternativa para se conseguir conectar a internet via IPv6, quando ela ainda não está disponível em sua rede ou em seu provedor de Internet. Esta é uma técnica onde permite que hosts IPv6/IPv4 isolados em uma rede IPv4 acessem redes IPv6. Essa abordagem é útil para estimular o crescimento de redes IPv6, aumentando os host que possuam suporte ao novo protocolo de IP. O túnel pode ser visto como um provedor virtual, que proporciona conectividade IPV6 para os usuários já conectados na rede IPv4.
Para conseguirmos nos conectar à Internet através de IPv6 precisamos de um nó que receba os pacotes IPv4 , desencapsule-os e os encaminhe à Internet IPv6 fazendo também o sentido contrário. Seu funcionamento é bastante simples, primeiro realizamos um cadastro no provedor, aqui vamos mostrar o funcionamento do tunnel da SixXs. O provedor realizará de forma automática, ou semi automática, a configuração do seu lado do túnel e permitirá o download de instruções e um software, responsável pela configuração do tunnel do lado do usuário.
Uma observação importante, o tunnel da SixXs pode levar até cinco dias para ser aprovado, no meu caso a aprovação levou menos de duas horas. O processo de configuração e é muito simples, mas é preciso ficar atento aos créditos (ISK) após o cadastro você recebe um valo X em créditos que são consumidos conforme alterações e uso do tunnel, sem estes créditos o tunnel fica indisponível.
O protocolo IPv6 foi adicionado ao kernel do Linux na versão 2.1.8. A partir da versão 2.2.x o suporte ao IPv6 passou a ser compilado junto ao kernel, entretanto ainda não vinha habilitado por padrão. Atualmente a maioria das distribuições linux vem com suporte IPV6 habilitado.
Para verificar se ele realmente está habilitado em sua máquina, execute em uma janela do terminal o seguinte comando:
ping6 -c5 ::1
Se o resultado for o seguinte (ou similar):
# ping6 -c 5 ::1 PING ::1(::1) 56 data bytes 64 bytes fro m ::1: icmp_seq=1 ttl=64 time=0.055 ms 64 bytes fro m ::1: icmp_seq=2 ttl=64 time=0.020 ms 64 bytes fro m ::1: icmp_seq=3 ttl=64 time=0.033 ms --- ::1 ping statistics --- 5 packets transmitted, 5 received, 0% packet loss, time 3996ms rtt min/avg/max/mdev = 0.020/0.038/0.055/0.013 ms
significa que o IPv6 está instalado corretamente.
No entanto, se sistema não reconhecer este comando ou retornar algum erro, siga as instruções abaixo: Primeiramente, certifique-se de que o kernel suporta IPv6. Tente carregar o módulo IPv6 digitando em uma janela do terminal:
modprobe ipv6
Se este comando retornar um erro, significa que seu kernel não tem suporte ao IPv6. Nesse caso você deverá recompilar um kernel com suporte ao IPv6.
Caso contrário, basta configurar sua distribuição Linux para carregar o módulo IPv6 automaticamente adicionando a linha:
alias net-PF-10 ipv6 aos seguintes arquivos: /etc/modprobe.d/aliases
Para desabilitar o suporte ao IPv6 basta alterar a linha citada acima para:
alias net-PF-10 off
Agora, com o IPv6 já instalado, siga as instruções no topo desta página e certifique-se que ele está funcionando corretamente.
Para tornar as configurações de endereçamento permanentes:
Adicione ao arquivo /etc/network/interfaces o seguinte:
iface eth0 inet6 static pre-up modprobe ipv6 address 'endereço IPv6' netmask 64 gateway 'endereço IPv6 do gateway'
E reinicie a interface de rede:
/etc/init.d/networking restart ifup force eth0
apt-get install aiccuSerá pedido seu nome de usuário, senha e id do túnel para a instalação do programa.
iface eth0 inet6 static address 2001:xxxx:xxxx::1 netmask 64
sudo ip link set eth0 down && sudo ip link set eth0 upPara reiniciar o túnel:
/etc/init.d/aiccu restart
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