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Colaboração: Rubens Queiroz de Almeida
Data de Publicação: 23 de novembro de 2012
Esta semana abordamos diversos tópicos relativos à segurança do usuário root. Sistemas Unix, e consequentemente, sistemas GNU/Linux, possuem a filosofia de pensar que o usuário sabe o que está fazendo. Por exemplo, nenhum dos comandos do sistema solicita confirmação. Se você, como root, digitar:
rm -rf /
Ele cumprirá suas ordens sem a menor hesitação, apagando todo o sistema. Afinal de contas, você sabe o que está fazendo.
Mais tarde, foi introduzido na maior parte dos comandos mais perigosos a
diretiva "-i
" que sinaliza que as ordens devem ser executadas de forma
interativa, ou seja, você precisará fornecer sua autorização a cada passo.
Alguns sistemas criam alias para os comandos mais perigosos, como rm, colocando automaticamente esta diretiva. Administradores mais experientes acham isto um estorvo, e frequementemente desabilitam esta opção.
Mas desastres acontecem, mesmo com os mais experientes e confiantes. Vejamos alguns desastres famosos:
rm -rf / home/usuario
Vejam que interessante, um espaço em branco inserido depois da primeira barra
do diretório que se quer remover, fez que com o sistema inteiro fosse apagado.
O comando acima remove o diretório raiz (/) e em seguida o diretório
home/usuario
. Certamente não foi o que se queria.
rm -rf ~ /*.out
Este comando é também clássico. O usuário queria apagar, de seu diretório
$HOME, todos os arquivos terminados em .out
. Novamente, o espaço em
branco fez com que o seu diretório inteiro fosse apagado (~
).
Melhor ter o backup em dia :-)
E finalmente, quando trabalhando com múltiplas máquinas, você, na pressa, remove um monte de arquivos da máquina errada. Isto é bem mais comum do que se pensa. Vale a pena pensar em um sistema de cores para identificar, sem sombra de dúvida, onde você está. Por exemplo, você pode definir as máquinas de produção com fundo vermelho, as máquinas de teste com fundo azul, e assim por diante. Mas este é um assunto para uma próxima dica.
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