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Colaboração: Cleverson Casarin Uliana
Data de Publicação: 02 de Junho de 2006
As grandes distribuições do GNU/Linux como a Debian e a Slackware trazem tecnologias livres assistivas a pessoas com deficiências mas geralmente as mantêm dispersas. Algumas distros oferecem essas soluções de modo mais pré-configurado e outras ainda são desenvolvidas e destinadas especificamente ao público com esta ou aquela deficiência.
No primeiro caso temos como exemplo o Live CD do Ubuntu, que embora de uso geral, traz uma série de opções selecionáveis durante a inicialização, tais como contraste de cores, personalização do funcionamento do teclado, sintetizadores de voz, etc. A página do projeto é https://wiki.ubuntu.com//AccessibleHoaryLiveCDDerivative
No caso de distros voltadas ao público com algum tipo de deficiência, conheço pelo menos duas para pessoas cegas e com baixa visão, que é o meu caso (sou cego total). Uma é a Oralux, cuja tradução da maioria do site foi feita por mim (sou colaborador do projeto).
O Oralux traz uma gama grande de sintetizadores de voz e leitores de tela em inúmeros idiomas incluindo o nosso Português.
Para quem não sabe e resumidamente, sintetizadores de voz são softwares que pegam um texto escrito, convertem-no em fonemas/sons do idioma e depois reproduz em som audível e inteligível esse texto como se fosse uma pessoa lendo. Já os "leitores de tela" são interfaces entre esses sintetizadores e os programas em geral, permitindo ao usuário escolher quais informações são lidas e quando.
Essa união permite a construção de ambientes/desktops falados personalizáveis usando programas de amplo uso geral. Um exemplo é o Emacspeak construído encima do Emacs. Outro exemplo de leitor de tela para GNU/Linux que vem no Oralux é o Speakup
Existe também uma distribuição genuinamente brasileira que pode ser usada por pessoas cegas; é o Linvox, baseada no Kurumin 6.0. O Linvox traz o Dosvox, um ambiente falado para Windows que, rodando em Linux via Wine, funciona como um leitor de telas.
Por fim, ressalte-se que as distros tradicionais como as que citei acima possuem projetos internos para melhorar a acessibilidade delas. Um exemplo é o Debian Accessibility Project.
Bem, espero ter contribuído no auxílio e esclarecimento sobre uma das formas de interação com o mundo desse segmento de pessoas que cada vez mais ganha espaço em todos os âmbitos sociais.
P.S.: Se o Aurélio Marinho estiver lendo isso, parabéns a ele pelo TXT2TAGS que uso inclusive para converter e atualizar minha dissertação de mestrado.
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