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Colaboração: Marcos Paulo Serafim
Data de Publicação: 02 de Novembro de 2005
Um recurso herdado da antiga suíte Mozilla que o Firefox e o Thunderbird possuem em ambiente Linux é capacidade de execução de scripts nos mesmos moldes do SysV em sua inicialização e/ou finalização.
Supondo que a instalação do Firefox se encontre em /usr/local/firefox, no momento da inicialização ele irá procurar pelo diretório /usr/local/firefox/init.d e lá executar qualquer script que comece com S (S10script1, S20script2, S50script3, ...) e em seguida fará o mesmo procurando por scripts no diretório de perfil do usuário de execução (~/.mozilla/firefox/init.d/S*).
Na finalização o procedimento é inverso, executa scripts de finalização no diretório do usuário (~/.mozilla/firefox/init.d/K*) e no diretório de instalação (/usr/local/firefox/init.d/K*).
O mesmo também vale para o Thunderbird (supondo que esteja instalado em /usr/local/thunderbird), /usr/local/thunderbird/init.d/S*, ~/.mozilla/thunderbird/init.d/S*, ~/.mozilla/thunderbird/init.d/K*, /usr/local/thunderbird/init.d/K*.
Ao serem chamados, os scripts recebem um único parâmetro, start para aqueles que se iniciam com S* e stop para os K*.
Além disso a aplicação (Firefox/Thunderbird) também define uma série de variáveis com informações sobre o ambiente que podem ser acessados pelos scripts (MOZ_PIS_API - Versão do Mozilla Pluggable Init Script API, MOZ_PIS_MOZBINDIR - diretório onde está o binário da aplicação que está sendo executada, MOZ_PIS_SESSION_PID - PID da sessão atual, MOZ_PIS_USER_DIR - diretório do perfil atual sendo executado, HOME - diretório home do usuário).
Fonte: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0OI725002-EI4799,00.html
Computadores e outros equipamentos enviados dos Estados Unidos para países em desenvolvimento, para serem utilizados em lares, escolas e empresas, são em grande parte inúteis ou não têm conserto, e estão criando um enorme problema ambiental em alguns dos lugares mais pobres do mundo. A informação está no relatório The Digital Dump: Exporting Reuse and Abuse to Africa, lançado pela organização não-governamental Basel Action Networked (BAN), que tem sede em Seattle. A ONG critica duramente a estratégia dos Estados Unidos para livrar-se de seu lixo tecnológico.
O relatório diz que os equipamentos obsoletos estão sendo doados ou vendidos por empresas norte-americanas que estão trocando suas máquinas como uma maneira de evitar a despesa que essas companhias teriam se fossem reciclar corretamente seus computadores. O estudo da BAN foca principalmente a Nigéria, na África ocidental, mas afirma que a situação é semelhante em muitos países em crescimento, conforme reportagem publicada no New York Times. O relatório pode ser lido (em inglês) no site da BAN: www.ban.org .
"Frequentemente, a justificativa de estar construindo 'pontes sobre a brecha digital' é usada como desculpa para disfarçar e ignorar o fato de que essa pontes servem para transferir lixo tóxico", diz o relatório da ong. Como conseqüência, a Nigéria e outras nações em desenvolvimento estão carregando uma carga desproporcional do lixo mundial oriundo dos produtos de tecnologia, de acordo com Jim Puckett, coordenador da BAN.
O porto da capital nigeriana, Lagos, recebe mensalmente contêineres com equipamento eletrônico de segunda mão. Cada contêiner tem em torno de 800 computadores, o que soma 400 mil máquinas usadas a cada mês. "Os nigerianos nos dizem que estão recebendo em torno de 75% de equipamentos inutilizados, que não podem ser consertados", disse Puckett.
A ONG visitou Lagos onde verificou que, apesar da crescente indústria de tecnologia, o país não tem infra-estrutura para reciclar os componentes desta indústria. Assim, os equipamentos inúteis vão parar em aterros ou lixões a céu aberto, onde as toxinas podem poluir o solo, a água e criar condições insalubres. De acordo com o Conselho Nacional de Segurança dos EUA, mais de 63 milhões de computadores se tornarão obsoletos no país em 2005. Esses equipamentos contêm chumbo, cádmio e plásticos variados, entre outros componentes, todos nocivos ao meio ambiente e aos seres humanos.
Puckett disse ao NYT que a BAN identificou 30 recicladores nos Estados Unidos que concordaram em não exportar lixo eletrônico para nações em desenvolvimento. "Estamos lutando para que se torne uma prática comum o teste e a certificação do material enviado", afirmou. A ONG trabalha também para reforçar a COnvenção da Basiléia, um tratado da ONU que tenta limitar o comércio de sobra de materiais perigosos. Os Estados Unidos são o único país desenvolvido que não assinou o tratado.
Em 2002, a Basel Action Network foi co-autora de outro relatório destacando que 50% a 80% dos equipamentos eletrônicos usados coletados para reciclagem nos Estados Unidos era desmontado e reciclado sob condições irregulares e nocivas à saude na China, na Índia, no Paquistão e em outras nações em desenvolvimento. O novo relato reforça: os americanos podem ser enganados ao pensar que seus velhos PCs estão sendo postos a serviço do bom uso.
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