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Gestão de crise ou crise de gestão?

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 27 de Junho de 2015

Um grupo de pessoas trabalhando juntas significa gestão?

Você poderia dizer: trabalhando em conjunto, unidas e com intenções positivas, sim!

Mas, e se as intenções apenas beneficiarem o grupo?

E se as intenções, equivocadas, não beneficiarem ninguém?

O grupo poderá não só não administrar bem a situação presente, como gerar complicadores adicionais, acirrando ainda mais a crise em curso...

Todo empreendimento depende de resultados positivos. Na reforma de sua casa você não quer gastar mais do que planejou e a sua empresa só sobrevive se tiver lucro.

E se você for empregado, com desempenho excepcional, seu lugar apenas estará garantido se o superávit de caixa de seu empregador for constante.

Em se tratando de gestão, administração, gerenciamento, qualquer que seja o título que dermos à ação, é importante verificarmos se integramos a solução ou fazemos parte do problema.

Como trataremos de crise, vamos pensá-la como uma perturbação temporária nos mecanismos que regulam ou mantém o equilíbrio de um sistema.

Nesse sentido, veremos que as inúmeras técnicas de gestão têm como objetivo encontrar meios para resgatar esse equilíbrio.

Boas intenções podem gerar resultados positivos ou negativos. Não acredita nisso? Pense...

Um bom vento pode levar nosso barco a atravessar oceanos, ou pode nos arremessar nas pedras. O vento é uma situação a ser administrada, portanto uma crise, e a forma como ajustarmos as velas nos dirá se estamos gerindo uma crise ou estamos criando uma crise na gestão.

A questão é complexa sim, pois as ações, todas, vêm com uma carga de intenções. O foco pode estar repleto de equívocos. Muitos, se olharmos atentamente, veremos que foram estabelecidos mais para ter razão do que para gerar resultados!

Alguém, deliberadamente, poderia levar sua empresa à falência?

Quando estudamos razões de falência, observamos que a muitos gestores não faltaram sinais e avisos de perigo. Ora, por que então não ajustaram as velas de seus barcos para evitar a colisão com as rochas?

Dois fatores acompanham todos nós em muitos fracassos: a arrogância impede o aprendizado e ignorância impede a mudança.

A arrogância é o tapete da sala da incompetência. Quanto maior a sala, maior o tapete!

O primeiro passo para alcançar a competência é abertura mental, que leva à disposição de aprender. Temos que nos lembrar, sempre, que nossas portas psicológicas só abrem por dentro.

Já tratei dessa questão em outros artigos, mas quando falamos de trabalho em grupo é sempre bom resgatar: a escada do conhecimento exige, sempre, que os envolvidos desçam alguns degraus para que juntos possam retomar a caminhada. Nesse ponto é que a altivez, a soberba, o orgulho excessivo, a vaidade, impedem que a possibilidade de aprendizado ou a aceitação da ajuda oferecida se tornem elementos de solução.

Na gestão de crises, por que não resgatar também os conceitos de metanoia?

Podemos considerar metanoia como transformação do pensamento, mudança de mentalidade, aspectos fundamentais para que as informações coletadas se transformem em aprendizado e, consequentemente, aplicação prática.

Isso já é suficiente para superação de situações complicadas?

Não, e a psicologia nos traz uma dica fundamental: resiliência!

Resiliência, capacidade do indivíduo de lidar com problemas, superar obstáculos, resistir à pressão, choque ou stress, sem entrar em surto psicológico.

Bons ventos e ações corretas carreguem nossos barcos mar adentro, oceanos afora!

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

Veja a relação completa dos artigos desta coluna