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Um problema, seis passos para a aceitação da solução

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 02 de Novembro de 2011

Por que um problema exige solução? Pessoas diriam, porque é um problema! Simples assim?

Antes de qualquer ação, temos que entender o que nos leva a tratar a situação como um problema.

Imagine que você não tem gatos e cria uma série de pássaros. Seu vizinho, amante do felino, tem uma porção.

Seu quintal começa a ser frequentado pelos animais de estimação do morador ao lado e os seus pássaros são atacados.

Vocês têm um problema para resolver. Você porque quer protegê-los e não quer arcar com o prejuízo e o vizinho, certamente, porque quer evitar um processo e ter que pagar indenizações.

Se forem amigos e sensatos procurarão juntos uma solução.

Gatos trariam problemas? Claro que não, além de animais carinhosos, também são excelentes soluções. O problema está no encontro dos gatos com os pássaros. Ai está o ponto chamado problema, que demanda a busca de solução.

Considere que sua moradia se situe em uma região que tem plantações, ratos e cobras. Alimentos atraem ratos e ratos atraem cobras.

Gatos, nesse caso, mais do que companhias, seriam soluções.

Descoberto o problema: as cobras?

Pasme, mas não!

As cobras, apesar dos riscos, ainda são soluções. Cobras comem ratos. Sem estas, as doenças que os ratos transmitem podem atingir a população.

Onde está o problema, então?

O problema se chama risco. Este precisa ser minimizado com redução e afastamento da população de ratos que atrai as cobras. Ratos também eliminam algumas pragas.

Importante é afastá-los, com isso as cobras também irão embora. Em alguns países, os visitantes se assustam ao se darem conta que as pessoas trabalham nos campos rodeados por cobras, e as respeitam. Desconhecem, evidentemente, a importância dessa convivência.

Pronto, voltando ao gato, ai está ele como interessante solução.

Na vida, nem tudo é problema e nem toda solução atende, não é verdade?

Por isso, é importante conhecimento que conduz à sabedoria. O problema precisa ser identificado e as soluções analisadas para que tenhamos a resolução com aceitação.

O transporte coletivo, na vida moderna, é uma solução para o problema da locomoção, mas como não tem aceitação total, muitas pessoas usam seus veículos. Resolvem um problema e criam outro: congestionamentos.

E assim, diariamente, nos envolvemos com os seis passos importantes para tratamento de situações.

Primeiro passo

Ao nos depararmos com necessidades e carências, precisamos definimos exatamente o problema. Certamente não ignoramos que a definição correta de um problema já é meio caminho andado para a solução. Não adianta ter como solução um felino, sem estabelecer se precisamos de um gato ou uma onça!

Segundo passo

Temos que considerar os conhecimentos à nossa disposição, que conduzirão às possíveis soluções. Estas podem ser obtidas com a própria condução, com delegação, e, também, com adição de novas competências, via integração de novos elementos ao processo.

Terceiro passo

Devemos considerar criatividade e criação. Recursos que possam ser integrados ao processo como possíveis soluções. Não significa que serão, necessariamente, incorporados, mas que, por nunca terem sido aplicados e apresentarem caminhos, merecem avaliação. Para cortar um papelão, em linha reta, podemos usar uma linha, uma faca, uma tesoura ou uma guilhotina. A guilhotina tem grandes chances de ser a solução escolhida, o que não quer dizer que as outras não devam ser observadas no ensaio.

Quarto passo

Trataremos da inovação como aplicação da criação ou de melhoria de processo. A adição de competência contribui significativamente nesta fase, não apenas por trazer novos recursos, mas por colocar luz sobre as sombras, com um jeito novo de pensar. Vale à pena refletir sobre a seguinte frase: "Enquanto muitos perguntam por que, você pode perguntar: por que não"? E assim, o carrapicho que grudou nas calças do sábio o levou a criar um artifício e a inovar com o Velcro!

Quinto passo

Finalmente a solução? Não, as soluções! Podemos ter mais de uma, sim. Pense comigo: ao fabricar botas, você pode considerar como recursos para fechá-las os cordões ou os zíperes. Temos que reuni-las e desenvolver a tabela dos prós e contras. A escolha é definida no sexto passo, após listarmos todas as possibilidades.

Sexto passo

Concretização da escolha: aceitação. Talvez você diga que será com cordões, porque prefere assim ou, quem sabe, colete opiniões das pessoas envolvidas. Poderá, também, fazer uma ampla pesquisa mo mercado. Fato é que entre as soluções propostas uma será acatada.

Tudo resolvido ou você acabou de detectar um novo problema?

Pois é, decidir nunca foi fácil!

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

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