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A arrogância impede aprender, a ignorância mudar

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 27 de Junho de 2011

Não importa qual seja a área ou assunto em foco, tudo gira em torno do homem.

O planeta parecia grande suficiente para que não pudesse sofrer influências humanas. Não é verdade, estamos observando os efeitos do aquecimento global.

Os avanços em todas as áreas da ciência são surpreendentes, alguns difíceis de imaginar, mas ao mesmo tempo em que encontramos locais de imensa prosperidade, nos deparamos com outros de miséria absoluta.

Com toda tecnologia e capacidade de transformação, o homem não tem conseguido avanços significativos para erradicação desse flagelo e agora, cada vez mais, dos danos do meio ambiente.

Ambos, necessariamente, passam pelo processo de educação, que traz cultura e muda o modo de agir.

Uma andorinha não faz verão, assim como um homem só não promove o progresso.

A construção de uma sociedade e seus avanços são frutos de trabalho cooperativo, aberta ao conhecimento e sua multiplicação.

Não faltam países ricos, cujos povos passam necessidades porque que o progresso não os alcança. A fonte de riqueza natural não é um bem compartilhado, razão pela qual os benefícios são restritos.

A internet, os celulares são fontes de informação, que instruem e conscientizam, por isso muitas vezes proibidos, mas não impedidos.

Este é um momento de efervescência, onde grupos e povos clamam por liberdade, democracia e o direito a viver com decência.

Quanto menor a sociedade mais fácil estudá-la. Nesse aspecto podemos apanhar nossa empresa, como foco desse trabalho.

Empresa é uma sociedade competitiva, os confrontos ocorrem dentro e fora.

Pessoas se reúnem para conquistar mercado, pessoas se dispersam para conquistar cargos e vantagens financeiras.

Quando a dispersão prevalece, o foco individual prejudica o conjunto e a empresa perde mercado. Com isso perdem todos, pois os concorrentes aproveitarão os momentos de desorganização.

Como consequência, a vantagem individual também é prejudicada. Ainda que possa demorar para acontecer, chegará o momento.

Informações são retidas, conhecimentos não são disseminados, objetivos são negligenciados, erros não são corrigidos, ações são proteladas porque as pessoas ignoram o prejuízo coletivo.

Ignorar significa não saber, não conhecer. Observe que nesse aspecto, apenas o conhecimento, a serviço do homem, pode provocar mudanças.

Estudiosos de gestão, cada vez mais, apresentam provas irrefutáveis de desastres empresariais frutos da arrogância.

Cada gota de sucesso nos chega contaminada. Seu vírus provoca "cegueira e surdez".

A vacina existe sim, sempre existiu, e é necessário tomá-la com frequência. É a mesma que combate a ignorância, apenas com reforço da dose.

Arrogar vem do latim arrogare que significa tomar como próprio, apropriar-se, tomar como seu, atribuir a si.

A arrogância, em sentido positivo, pode ser considerada coragem de assumir as próprias opiniões, identidade ou personalidade.

Como expressão de exagero, a arrogância caracteriza a falta de humildade.

Estão investida as pessoas que não desejam ouvir pontos de vista de diferentes, aprender algo que não saibam ou sentir-se no mesmo nível de outras pessoas.

Considera-se como sinônimos o orgulho excessivo, a soberba , a altivez , o excesso de vaidade pelo saber e , principalmente, pelo sucesso.

Como mudança é um processo complexo e muitas vezes doloroso, que demanda conhecimento e disposiçao, é fácil concluir que muitos desastres empresariais realmente ocorreram porque a arrogância impediu aprender, consequentemente, a ignorância mudar.

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

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