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Um bando de bravos, um grupo de tolos

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 28 de Janeiro de 2011

Na vida, é difícil dizer quando devemos ser sensatos ou quando podemos ser heróis. Conhecimento, cultura, adição de competências, debates podem nos auxiliar na formação de opiniões, mas nem sempre asseguram a assertividade.

Grandes homens, titãs reconhecemos nos grandes conflitos e nas resistências, assim que fazem história. Servem como exemplos e alertas. E as derrotas?

Bom, essas muitas vezes são esquecidas e os esforços sequer lembrados. A poeira do tempo, que apaga traços do passado e os reais feitos, deixa espaço também para que a imaginação crie lendas que instigarão as mentes dos gênios.

A mente de um homem imaginou Ícaro, este jamais voou. Não sabemos, também, que não tenha tentado.

Insensatos, inconstantes, inconformados, irresponsáveis, quaisquer que sejam as designações, pessoas descontentes com o equilíbrio e a ordem natural provocam o desconforto.

Desconforto que traz desconfiança, medo, crítica e revolução quando se torna óbvio. O obvio é invisível às mentes e olhos despreparados, por isso recurso dos mágicos. Criadores das ilusões, alimentadores das fantasias tão negligenciadas e necessárias.

O incauto com um pouco de gás, calor e tecidos subiu aos céus. Um cilindro com ar o levou às profundezas dos oceanos. Com sutileza desafiou as leis da física com hélices e motores a jato.

Não só rompeu fronteiras como as eliminou. Uns porque muito sabem, outros porque totalmente desconhecem.

O mundo está globalizado.

Enquanto alguns vêem coisas que existem e perguntam por que, eu sonho com coisas que não existem e pergunto por que não? - dizia George Bernard Shaw.

A roda, a luz elétrica, o moinho, o pilão, o sabão, o clip, a cadeira, o talher, pequenas e grandes invenções são resultados de horas de trabalho e reflexões para acomodar o incômodo. Conta a lenda que o fecho eclair ou zíper, como conhecemos, foi imaginado quando a preguiça de amarrar as botas, todos os dias, levou o homem a buscar uma saída mais prática.

Verdade ou mentira, não faltam exemplos nesse sentido.

Estranho, o progresso está no desequilíbrio?

Uma questão interessante para o administrador que busca exatamente dar ordem e equilíbrio às empresas, criando modelos de gestão.

A revolução do pensamento está na capacidade de questionar a coerência, a unidade, provocando a diversidade?

É possível programar a desordem, investir na inconstância, contratar incoerentes e irresponsáveis?

Não, gestão é um processo racional. Sejamos coerentes!

Hum, e se forem gênios e tiverem projetos inovadores permitindo às nossas empresas obter a tão desejada diferenciação e vantagem competitiva?

Que loucura, como apoiar pessoas como essas? Seria um ato de incoerência!

Nesse caso, as idéias e os projetos dando certo e gerando resultados seremos um bando de bravos, ocorrendo o contrário seremos um grupo de tolos.

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

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