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Decisão ou reação, instinto ou intuição?

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 07 de Janeiro de 2011

Poucos ou nenhum de nós escapará de momentos em que diremos algo mais ou menos assim: - Estou arrependido!

Poderá ocorrer por ter dito algo que se tivesse "contado até três" teria evitado ou porque comprou o "sonho para depois ter que vender o pesadelo". Do carro a casa, do sítio ao avião!

Que tal algo bem mais simples?

Sabe aquele animalzinho de estimação que as crianças pedem e juram que irão cuidar, mas depois de um mês ninguém mais presta a atenção e "sobra" para você alimentá-lo, levar dar uma volta, soltar no quintal para tomar sol e rolar na grama, e não há como doar e nem vender?

Calma, você não está sozinho. Somos parceiros nessa!

Uma vez em ação, estamos decidindo ou reagindo, usando nossa intuição ou instinto.

Complicado? Muito!

Vamos analisar dois aspectos importantes:

Instinto - Predisposições inatas para a realização de ações, determinando, portanto, o nosso comportamento. Podemos considerar como impulso espontâneo e alheio a razão

Intuição- É um processo, onde o raciocínio às vezes é involuntariamente, para chegar a uma conclusão sobre algo.

A intuição é formada pela soma das nossas experiências, enquanto que o instinto não. A não ser que queiramos defender a evolução da espécie.

A intuição tem em sua raiz a convicção que é a certeza com relação algo, formada pelos nossos erros e acertos. Convicção é a premissa da verdade. Ao nos depararmos com fortes argumentos, nossa intuição pode nos levar ao questionamento de nossas convicções e mudá-las.

Entende-los é importante porque estabelecem nossa conduta.

Decisão- É o processo

no qual escolhemos algumas ou apenas uma entre muitas alternativas para ações que iremos realizar.

Reação? É a atitude ou resposta frente a um estímulo interno ou externo e que produz um efeito.

O tipo e a qualidade da reação dependem da pessoa, suas características, experiências e o ambiente em que se encontra.

Podemos decidir instintivamente?

Eu acredito que não, embora encontre alguns defensores dessa tese. Se decisão implica escolha, estamos falando de intuição. Usaremos o racicínio para chegar a uma conclusão sobre o melhor resultado da escolha entre algumas possibilidades.

Note como é sábio o conselho para contar até dez, frente a um problema, antes de fazer alguma coisa.

Nosso instinto nos leva a reagir, mas aguardando alguns segundos nosso raciocínio involuntário o substitui por nossa intuição, e aguardando alguns minutos nosso racicínio consciente substitui a reação pela decisão.

Vamos criar uma nova regrinha:

Contar até dez adormece o instinto e desperta a intuição, contar até vinte sossega a reação e motiva a decisão.

Que bom, então porque não contamos até trinta?

Melhor não fazer isso. Em trinta criamos a ansiedade, esta vai acordar o instinto e nessas horas ele sempre mostra seu mau humor.

Na nossa vida, o instinto não nos leva apenas a comprar animaizinhos de estimação, reagindo ao choro da garotada, mas a atos que podem nos custar muito caro, portanto quando não souber o que fazer conte.

Tratando dessa questão, o instinto provocou a reação de um dos integrantes da reunião que perguntou: - Considere que estou na savana, sozinho, desarmado e um leão vem correndo em minha direção. Que eu faço, conto?

A resposta é simples: - Faça o que quiser, vai ser seu último ato mesmo!

O que uma pessoa faz na savana, sozinho e desarmado? A contagem tinha que ter acontecido antes de iniciar a aventura.

Estas perguntas nunca ficam sem resposta, e sem demora veio uma : - Como não sou especialista em animais da savana e muito menos em leões, não posso afirmar, mas desconfio que o leão contou antes de atacar!

Comece a analisar suas atitudes e observe se está decidindo ou reagindo e se "quem fala mais alto" são seus instintos ou suas intuições.

Eu lhe asseguro que ao decidir usando a sua intuição, ao invés de reagir de acordo com seus intintos, ganhará muitos pontos no seu networking.

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

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