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Eu não sabia!

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 05 de Janeiro de 2011

Seus problemas acabaram, e não é por conta dos inventos das Organizações Tabajara não!

É a nova onda, que pode se tornar uma tendência. Por ser demasiadamente interessante pegou e está sendo usada em larga escala.

Fiz uma pesquisa na internet, parece que não é invenção nossa, mas pode muito receber nossas cores.

Pela contundência, revirei escritos e peças atribuídas à Shakespeare, imaginando que este poderia ser o autor.

Afinal, como célebre criador de "to be, or not to be", poderia também ter cunhado essa obra-prima.

Um verdadeiro canivete suíço, quebra todos os galhos, tira-o de enrascadas e preserva sua imagem.

Não é necessário perícia, treinamento, nem qualquer conhecimento para uso.

De acordo com amigos, em algumas situações, tem mais força que leis.

Pode ser usada isoladamente, mas se acompanhada de expressões de espanto deixa seu interlocutor sem ação e, não raro, estes não só lhe pedem desculpas pela interpelação, como chegam a assumir a culpa.

É um argumento mais contundente do que aquele usado pelo sujeito que disparou um revolver, feriu o vizinho e dizia ao delegado: - Doutor, revolver não mata. Quem mata é a bala. O revolver é meu, mas a bala que o acertou não!

Pode ser usado com seu chefe em situações em que você, atarefado ou desleixado, deixou de fazer o recolhimento dos impostos e a empresa agora terá que arcar com uma multa de vinte por cento.

Outra possibilidade é quando uma auditoria descobre que todos os seus comandados estão, há dez anos, desviando dinheiro da tesouraria, da qual você é responsável.

A situação vai envolver uma investigação, você será questionado por policiais, pelo delegado, talvez que tenha que responder um processo, mas a questão pode ser resolvida de uma forma muito simples.

Você simplesmente responde: Eu não sabia!

Não esqueça a cara de espanto.

Uma noite, reunimos alguns amigos para um lanche e duas pessoas pediram suco de laranja natural.

No primeiro gole perceberam que, não só tinha açúcar, mas muito açúcar. A pessoa que nos atendeu disse: - Nosso suco de laranja natural é servido com açúcar.

O pessoal indignado tentou explicar que se era natural não deveria levar açúcar. Impossível convencê-la.

Descontentes com a resposta resolveram chamar o gerente para entender porque "natural deveria ser com açúcar".

O gerente, sem entender toda aquela agitação, disse: Não, se é natural não leva açúcar.

O pessoal insistia: - Por favor, chame sua funcionária e explique a ela que se é natural não leva açúcar.

Após alguns minutos de palestra, a garota olhou para o chefe com cara de espanto e respondeu: - Eu não sabia!

Hoje eu acredito que ninjas existem. Ploft, ele desapareceu no meio da fumaça e nem nos pediu desculpas.

Sabe aquela situação em que o feijão está torrando na panela, a água secou, a casa está impregnada pelo cheiro, você entra voando na cozinha, apaga o fogo, antes que tudo vá pelos ares, e vê todos os seus filhos, na maior zoeira, em volta da mesa, sem se dar conta do ocorrido, e tolamente faz a pergunta: - Por que não apagaram o fogo, a panela estava a ponto de derreter?

Eles olham para você como se tivessem visto um ET e respondem: - A gente não sabia!

Lá no fundo de sua mente uma frase fica martelando: A culpa é minha!

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

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