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Empresas criativas e poder de concorrência.

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 19 de Maio de 2010

Grandes e inovadoras idéias nascem em pequenas empresas e na periferia, por duas razões básicas:

  1. Seus gestores estão mais próximos da realidade, onde as coisas acontecem;
  2. O medo do erro, grande empecilho da criatividade é, menor.

Na pequena empresa, idéias e informações fluem com rapidez e são aceitas ou criticadas sem burocracia e encontros formais, alimentando o processo de criação.

A tese do ócio criativo não defende ficar sem fazer nada, mas desligar-se momentaneamente das atribuições rotineiras.

Isso é possível em organizações menores, onde a polivalência e certa informalidade nas funções é administrável.

É verdade que essas empresas mantêm certo caos, com razoável possibilidade de administração.

Por serem pequenas permitem uma rápida ação dos bombeiros de plantão, ainda que paire no ar certa tensão.

O que permite essas empresas competirem e sobreviverem é justamente a veia criativa que as tira do lugar comum.

Por outro lado, o que coloca um fim nessas empresas é o fato de serem adquiridas por empresas maiores, interrompendo essa dinâmica.

Inibem justamente o talento que adquiriram, mas não adicionaram.

É como comprar uma mina de diamantes e desenvolver pedras artificiais semelhantes para competir com estes.

O gestor na pequena empresa tem mais chance de descobrir o que sabe, uma vez que é colocado a prova a todo o momento.

Na grande empresa, quanto mais alta a posição, mais distante do problema estará o gestor.

O problema que chega, quando chega, está deformado e segue cheio de recomendações.

Criatividade é o exercício de encaixar peças.

Velhos e novos conhecimentos, memória, imaginação e atrevimento, são os componentes da criatividade.

A associação de idéias e sua materialização produzem soluções. Algumas dirigidas, outras acidentais.

Estas, retratadas como serendipty, descobertas ao acaso.

A criatividade não só atende necessidades do homem, como cria outras para serem atendidas.

Celular, Ipad, Twetter, são necessidades criadas que a tecnologia visa atender.

Criatividade não pode ser ensinada, apenas estimulada.

Ainda que fizéssemos um concurso com todos os habitantes do planeta e reuníssemos os quatro rapazes mais talentosos não teríamos de volta os Beatles.

Poderiam fazer muito sucesso, até mais que os meninos de Liverpool, mas jamais seriam comparáveis.

Quem sabe suas músicas não cairiam mais no gosto dos jovens de hoje?

Num mundo em constante mutação, praticamente em todas as áreas, só a criatividade mantém viva uma organização.

A incapacidade não só de criar, mas de se adaptar às mudanças, põe fim a empresas e carreiras.

Gestores novos têm negligenciado a intuição, acreditando que o conhecimento a supera.

Isso é um grande erro. Intuição é gerada pela experiência, que é resultado do conhecimento, sua aplicação, erros e acertos.

A capacidade de questionar, sem aceitar conceitos por precipitação, tem criado gênios.

As histórias de aventureiros e descobridores mostram como é importante sair do próprio ambiente para aprender e notar as diferenças.

Não podemos agir como os peixes que não notam a água por onde nadam!

O que é inovação em gestão, a busca e uso do desconhecido?

Não, é a pesquisa e aplicação de soluções efetivas para superar dificuldades. Em alguns momentos podem ser inéditas, mas não necessariamente.

A velocidade de criação, venda e obsolescência de produtos e idéias marcam os caminhos das empresas do futuro.

Empresas criativas nem sempre se perpetuam, mas enquanto concorrentes são terríveis competidoras.

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

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