O leiaute está morto! Longa vida ao conteúdo!

Por Cesar Brod

Data de Publicação: 23 de Abril de 2013

O conteúdo é o rei, em suas mais adequadas representações: texto, áudio, vídeo bidimensional ou tridimensional, com sabores e texturas, combinadas ou não. Tudo o que não representar, puramente, o conteúdo, é firula desnecessária.

Em um artigo, de 2007, para o Dicas-L escrevi:

"Você ainda vai ouvir falar muito de Mashup, a miscelânea de informações montada quase como um quebra-cabeças pelos que acessam a Web, não como você imagina, mas como cada um deseja, no leiaute em que cada um deseja."

O espaço restrito, nos quase onipresentes dispositivos móveis, nos faz valorizar o que interessa. Cada vez mais, menos pessoas acessam diretamente portais carregados de molduras e anúncios, mas sim aplicações como o Feedly e outras que capturam, de vários sites, o que é importante para nós. Além disso, usamos as redes sociais para receber as informações selecionadas por pessoas em quem confiamos e, claro, o Google para chegar diretamente às respostas às nossas questões. Menos e menos gente acessa um portal pela sua porta da frente. Queremos ir direto ao que nos interessa.

O prêmio de melhor design de 2013, concedido ao portal do governo britânico pelo Museu do Design, ilustra bem isso. O portal é minimalista, textual e com uma proeminente caixa de busca logo acima e à direita. De acordo com Ben Terret, chefe de design do Serviço Digital do Governo Britânico, "o portal Gov.uk é uma tentativa de levar para o webdesign a velocidade de outras tecnologias, como o Google Glass, em que a interface do usuário desaparece. Nós ainda não conseguimos isso com a maioria das interfaces web, onde você ainda pode ver o design gráfico, mas a tecnologia vai mudar e isso vai ser coisa do passado."

Faz sentido!

Veja esse artigo bacana do Gizmodo, em português, que inclui uma entrevista com o Terret para a Dezeen, em inglês.