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Por Cesar Brod
Data de Publicação: 19 de Junho de 2008
Já escrevi aqui uma série de artigos sobre SCRUM que me motivaram a novas leituras e conversas muito interessantes. Foi o Alexandre Marcondes quem apresentou-me ao SCRUM, lá em 2006 e, com o passar do tempo, acabei até traduzindo uma palestra do Mike Cohn sobre o assunto. Nesse exato momento estou refinando a palestra que ministrarei no evento Metodologias ágeis para desenvolvimento com Software Livre, que acontece no próximo dia 24 de junho na Unicamp, para a qual convidei o pessoal que trabalha comigo no Innovation Center Unicamp/Microsoft a fim de que também falem um pouco do aspecto prático do uso das ferramentas do SCRUM em seu dia-a-dia.
É justamente no dia-a-dia que o SCRUM vai tornando-se mais importante. Depois de algum tempo praticando, as ferramentas vão tornando-se um hábito. Em nossa empresa é muito comum, já em uma primeira reunião com um cliente, começar a pensar nos termos do Product Backlog, imaginando como será a formação da equipe e parceiros de desenvolvimento e nos Sprints que ocorrerão até a entrega do projeto. Quando a proposta é feita, muitas vezes em conjunto com um ou mais parceiros de negócios, ela traz embutida o Product Backlog e um cronograma que dará origem ao Burndown Chart. O perigo de uma coisa que se torna cotidiana, porém, é que essa coisa pode começar a se deteriorar sem que a gente perceba. É preciso prestar atenção aos cheiros do SCRUM pra ver se não há algo de podre no reino da Dinamarca, como diria Hamlet.
Quem usou pela primeira vez o termo Code Smells (o cheirinho do código) foi o Kent Beck, criador do Extreme Programming, enquanto ajudava o Martin Fowler em seu livro sobre Refactoring. Segundo Martin, "um método muito extenso é um bom exemplo - apenas de olhar para um código meu nariz começa a se contorcer se eu vejo mais do que uma dúzia de linhas em Java". Já o meu nariz fica incomodado ao ver que o código está escrito em Java, não que eu tenha algo contra essa linguagem de programação!
A analogia com o "cheiro" é bastante simples. Muitas vezes sabemos que há algo errado, algo está cheirando mal, mas nem sempre é fácil identificar a origem. Mike Cohn, que muitos já notaram ser uma das minhas fontes preferidas, propôs um catálogo de cheiros do SCRUM em 2003, buscando auxiliar na identificação de alguns problemas:
Cesar Brod usa Linux desde antes do kernel atingir a versão 1.0. Dissemina o uso (e usa) métodos ágeis antes deles ganharem esse nome. Ainda assim, não está extinto! Escritor, consultor, pai e avô, tem como seu princípio fundamental a liberdade ampla, total e irrestrita, em especial a do conhecimento.
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